quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Processo de Colonização em Moçambique e suas consequências



Chama-se colonização o processo de ocupação de uma região do globo - em geral habitada por povos não integrados à civilização cristã e ocidental - por populações provenientes de países mais poderosos, com objetivos políticos e econômicos.
O Processo de colonização de Moçambique foi longo, que começou em 1498, quando Vasco da Gama, em sua viagem para a Índia, fez contato com a costa Moçambicana. Os portugueses tinham interesse de explorar e conhecer o interior da nova colônia, com intenção de se agregar nas regiões onde extraiam ouro. Essas extrações que se tornaram monopólio da Coroa de Portugal, não foram pacificas, habitantes moçambicanos sentiam-se ameaçados pela supremacia dos portugueses no controle de algumas regiões. A escravidão também foi um grande recurso que os portugueses acharam de lucrar com Moçambique, tornando os problemas iniciais da colonização e dominação irreversíveis. Moçambique se tornou um país que mesmo após a sua Independência, no dia 25 de Junho de 1975, continua dependendo de “migalhas”, agricultura e de ações sociais. Não é um país que progride, mas sim, sobrevive, tornando a pobreza, falta de educação e necessidades básicas como, por exemplo, energia, água encanada, esgoto etc., um luxo para poucos.
Os efeitos da colonização repercutem até hoje, pela importância dos resultados da expansão econômica, demográfica e cultural, e mesmo da miscigenação em Moçambique. São, no entanto, complexos os problemas que esse país enfrenta para organizar suas economias em bases mais justas, modernizar suas estruturas e assegurar o progresso social sem comprometer a independência, nos moldes da cooperação internacional.  Moçambique tem recursos naturais para turismo, agricultura e progresso. Mas ainda está se “recuperando” das consequências que o processo de colonização causou ao seu futuro.

domingo, 27 de novembro de 2011

Significado das cores da Bandeira

A Bandeira de Moçambique é composta por três faixas horizontais com as cores verde, preta e amarela de cima para baixo, separadas por estreitas faixas brancas; sobreposto às faixas, junto à tralha, encontra-se um trianjulo isóceles de cor vermelha, dentro do qual há uma estrela dourada de cinco pontas, sobre a qual se cruzam uma arma e uma enxada.
O significado das cores, segundo a constituição da República de Moçambique, é o seguinte:
  • Vermelha – a luta de resistência ao colonialismo, a Luta armada de Libertação Nacional e a defesa da soberania;
  • Preta –Significa o continente Africano;
  • Verde – Significa a riqueza do Solo;
  • Amarela-dourada – Significa a riqueza do subsolo( ouro );
  • Branca – Signifaca a Paz;
A estrela representa a solidariedade entre os povos, a arma AK-47 simboliza de novo a luta armada e a defesa do país, o livro faz lembrar a Educação por um país melhor e a enxada, a Agricultura. É a única bandeira no mundo a incluir a ilustração de um fuzil moderno.

Hino Nacional de Moçambique


Pátria Amada

Na memória de África e do Mundo
Pátria bela dos que ousaram lutar
Moçambique, o teu nome é liberdade
O Sol de Junho para sempre brilhará

(2x)
Moçambique nossa pátria gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer

Povo unido do Rovuma ao Maputo
Colhe os frutos do combate pela paz
Cresce o sonho ondulando na bandeira
E vai lavrando na certeza do amanhã

(2x)
Moçambique nossa pátria gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer

Flores brotando do chão do teu suor
Pelos montes, pelos rios, pelo mar
Nó juramos por ti, oh Moçamb
ique
Nenhum tirano nos irá escravizar

(2x)
Moçambique nossa pátria gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos ve
ncer

CULTURA MOÇAMBICANA - Marrabenta

Marrabenta é uma forma de música-dança típica de Moçambique. O nome foi derivado da palavra portuguesa: "rebentar".  Foi desenvolvida em Maputo, a capital de Moçambique, que até à independência daquele país, era conhecida como Lourenço Marques.
Exemplo de Marrabenta: Stewart Sukuma - Xitchuketa Marrabenta

CULTURA MOÇAMBICANA - Ragga

Ragga ou dancehall digital é um genero de música eletrônica surgido através de influências do dancehall, popularizado na Jamaica na década de 80, muito popular em Moçambique.
Exemplo de Ragga: Mc Roger- Dança Marrabenta
                                   Mc Roger- Vou Tchilar


Moçambique Music Awards

O Moçambique Music Awards é o maior evento de premiação artística e musical do país, o único que oferece aos artistas moçambicanos uma plataforma de reconhecimento internacional, sobre a qual os mesmos podem ser conhecidos, respeitados e apreciados pela sua contribuição no desenvolvimento da indústria musical moçambicana. Englobando a nova e a velha geração, e vários estilos musicais, o Mozambique Music Awards espelha a riqueza da diversidade cultural moçambicana em todos aspectos, enraizada nos vários estilos carregados de emoção e sensualidade rítmica quente tipicamente moçambicana.
A música moçambicana é, ha muito tempo, apreciada além fronteiras, sendo este um veículo de premiação e homenagem aos artistas que carregam os inigualáveis traços da moçambicanidade nas suas composições. E para assegurar o contínuo desenvolvimento da indústria musical moçambicana, o MMA oferece bolsas de estudo às crianças carenciadas, que queiram estudar na Escola Nacional de Música, a partir das receitas da venda do CD dos Nomeados MMA.
link:
Moçambique Music Awards


O seguinte vídeo é a Gala de nomeados do MMA 2011 parte 1 . O interessante do vídeo é que mostra diversos comerciais moçambicanos, identificando as diferenças na oralidade do português brasileiro e no português moçambicano, além do estilo de publicidade, que não é muito diferente da publicidade brasileira. E além disso, tem uma apresentação da dança típica de Moçambique, o mapico. Espero que gostem !

Entrevista com Prof. Tatiane Malheiros sobre Novo Acordo Ortográfico para Países de Língua Portuguesa


Tatiane Malheiros, Professora de Português do IFBA campus Guanambi e Especializada em Língua Inglesa, nos prestou o favor de ser entrevistada, sobre o seguinte tópico:  O Novo Acordo Ortográfico para países de língua portuguesa.


CULTURA MOÇAMBICANA - Tufo

Tufo nasce em Moçambique, através do Sultanato de Angóche Hassane Issufe, que foi para o país depois da morte de um dos seus familiares. Segundo dados históricos, Tufo era uma dança  religiosa de louvor, onde se usava os tambores de nome “Ad-duff” (Árabe). Em português dá-se o nome “Adufo” (instrumento musical de percussão). Esta dança vai-se espalhando por todos os locais Islâmicos. Através do povo da tribo Makwa que também se envolveu no Islamismo e devido à sua prenuncia, o nome de Ad-Duff e Adufo, foi abreviado para “TUFO”. Este novo nome foi-se introduzindo por vários locais Islâmicos incluindo a ilha de Moçambique.
 Esta dança, devido à sua origem religiosa era dançada apenas por mulheres rigorosamente selecionadas, rigorosamente bem trajadas com trajes muito coloridos e enfeitadas com cordões, anéis e pulseiras de ouro, onde as mulheres cobriam o rosto com MUSSIRO (massa branca e espessa, resultante do fraccionamento do caule perfumado da arvore Mussiro e uma pedra), e entoavam  cânticos melodiosos de uma linha musical Oriental em fusão com batimentos vindo dos tambores de vários tamanhos e de forma hexagonal e circulares (batuque Duassi,Phusta,Kadjisa e Khapura),onde os tocadores acompanham as melodias com ritmos cadenciados de linha africana e Árabe. Esses Tambores são feitos de madeira e cobertos de pele de animal, produzindo uma sonoridade agradável ao ouvido. O conteúdo das letras retrata na maioria dos casos as suas vidas cotidianas e as belezas do seu habitat. Tufo teve maior expansão na ilha de Moçambique dada o fato dos Portugueses terem lá, construído a sua grande fortaleza e também por terem gostado da dança que era dirigida e dançada em absoluto por lindas mulheres muçulmanas. 

CULTURA MOÇAMBICANA - Mapiko

Esta dança é muito importante na vida dos Makondes de Moçambique, havendo uma aura de mistério e segredo rodeando a preparação das máscaras e a dança propriamente dita, sendo por exemplo importante que não se saiba a identidade do dançarino.


Os macondes são um grupo etnico Bantu, que vive no sudeste da Tanzânia e no nordeste de Moçambique. Os macondes resistiram sempre a serem conquistados por outros povos africanos, por arábes e por traficantes de escravos.

   Para a dança, um jovem mascara-se de homem ou animal, vestindo panos e usando uma máscara Mapiko na cabeça. Existem vários passos que o dançarino executa, sempre em sintonia com a música dos tambores, apresentando uma espécie de encenação teatral, que encanta e diverte todos os que assistem.
Depois de um extase de atividade por parte do dançarino, segue-se uma encenação de perseguição e fuga, entre o dançarino e um grupo de aldeões.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Turismo em Moçambique - Vale a pena visitar...

     "O paraíso que fala português." Assim pode ser definido Moçambique, país que foi colônia de Portugal e que vem se reerguendo depois de anos de luta armada pela independência e de guerra civil. Localizado na costa do oceano Índico, na fronteira com a África do Sul, Moçambique é aproximadamente do tamanho de 10% do território brasileiro. Mas belezas não faltam ao lugar.

      Com 20 milhões de habitantes, o país possui 13 mil quilômetros de lagos e represas. Antes de passar pelo período duro da luta pela independência, era um destino turístico muito procurado pelos europeus, por volta dos anos 50. A África do Sul era evitada, por causa do Apartheid, e Moçambique atraía as pessoas que desejavam conhecer o continente africano.
Para nós brasileiros, uma vantagem de visitar Moçambique é a língua. Ao contrário da África do Sul, por exemplo, que tem 11 línguas oficiais, Moçambique só tem como oficial o português. Apenas em alguns lugares são falados dialetos africanos.

O grande desafio de Moçambique agora é driblar a pouca estrutura turística e fazer o turista ver nesse país, que é um dos mais pobres do mundo, um lugar com potencial para crescer e com muitas atrações.



Maputo


Catedral de Maputo
  Capital e maior cidade de Moçambique, Maputo fica ao sul do país, na margem ocidental da Baía de Maputo, e tem uma história interessante, que atrai turistas a alguns dos seus pontos. A cidade é bastante visitada por europeus, especialmente por portugueses. Vale visitar a Catedral de Maputo, a Casa de Ferro, o Jardim Tunduro, o Museu de História Natural de Moçambique, a Fortaleza de Maputo, a Casa Amarela (sede do Museu Nacional da Moeda), entre outros pontos turísticos.


Ilha de Inhaca
Estando em Maputo, é possível ir de ferryboat até a Ilha de Inhaca, que fica a 32 quilômetros da capital moçambicana. Apesar de muito pequena – menos de 40 quilômetros quadrados e 4500 habitantes – a Ilha de Inhaca tem grande potencial turístico. As paisagens são belíssimas, com muitos recifes de coral e praias paradisíacas. A ilha é protegida como reserva integral e fica sob a responsabilidade da Estação de Biologia Marítima, órgão da Universidade Eduardo Mondlane, a maior universidade de Moçambique.


Inhambane
Baía de Inhambane
Com cerca de 1 milhão de habitantes, Inhambane é uma província com capital de mesmo nome e belos lugares a serem visitados. A capital fica a cerca de 500 quilômetros ao norte de Maputo. No seu entorno há praias belíssimas e resorts de primeira.


Pemba
Praia da Barra
Na cidade de Pemba é possível visitar belas praias quase desertas, como a Praia da Barra, que conta com a presença de pescadores e poucos turistas. Algumas praias lembram as do Nordeste, mas com o diferencial da cultura. Há comunidades abertas à visitação perto dessas praias.


Arquipélago de Bazaruto
Considerado um dos mais belos da África, este arquipélago fica a 600 quilômetros da capital Maputo. Tem areias brancas e águas limpas.Entre as ilhas mais importantes estão Bazaruto, Benguerua, Santa Carolina, Magaruque e Lunene. Somente as duas primeiras são habitadas.


Apesar de ser um país pobre, há cultura e beleza em todos os cantos, visite Moçambique.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Qual o objetivo do Novo Acordo Ortográfico?

O objetivo do Acordo é  instituir uma ortografia oficial única da Língua Portuguesa, ou seja, revogar a existência de duas normas ortográficas oficiais distintas – uma do Brasil e outra dos demais países de língua portuguesa –, aumentando, assim, seu prestígio internacional. O novo Acordo não poderia uniformizar a língua, pois, as variedades de uso já estão presentes na estrutura social em que a língua está inserida. Afinal, o português já é a terceira língua mais falada na Europa e a 5º mais falada no mundo.
Bibliografia: http://incentivo.wordpress.com/2010/03/17/novo-acordo-ortografico/